sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

It's all lies...





Um dia desses vi um filme muito interessante. O título era "O Primeiro Mentiroso" (em inglês, The Invention of Lying).

No filme era mostrado um mundo onde não existia mentira. Não havia ficção. As pessoas falavam o que pensavam, exatamente como pensavam. Um dia, um fracassado qualquer, em uma situação de desespero, resolve falar "algo que não era na realidade". Nem havia um termo pra isso. Ele é o único que consegue mentir, e como as pessoas não sabem do que se trata, acreditam em tudo. Ele acaba virando uma das pessoas mais poderosas e influentes do mundo, e ninguém desconfia de nada. Ele inventa a ficção também, mas para todos os outros é tudo realidade.

Recomendo esse filme. Faz você ter umas sacadas interessantes.

Mas por que criei um post sobre "mentiras"?

Porque é algo que deixa as pessoas indignadas. Ninguém gosta de ouvir mentiras. Ninguém gosta de ser feito de palhaço, ser enganado.

 Mas pra quê a mentira serve, na realidade? Por que uma pessoa mente?

Devo me apropriar da conhecida frase do Dr. Gregory House, do seriado House M.D.: Todo mundo mente.
Não são só as pessoas "ruins" que mentem.

Mas uma coisa é certa: mesmo estando acostumada a mentir, uma pessoa recorre a esse recurso quando está em situação de desvantagem, desespero, descontentamento... Há inúmeros motivos, nenhum deles bom.

A pessoa mente pra conseguir poder sobre alguma situação. Ou sobre alguém. E mesmo quando mente pelo "bem" de outra pessoa, essa outra pessoa deve estar nessa situação de "falta de poder", também.

A mentira não é algo bom, mas com certeza é algo útil.

É claro que eu não vim aqui pra justificar o ato de mentir. Se possível, evite mentir! Quando você mente prova que está sem o controle da situação.

Você não precisa ser um cretino como o Dr. House (aliás, no filme que mencionei, todas as pessoas são cretinas...). Certos pensamentos, que fiquem pra você mesmo. Não há necessidade de externalizar opiniões ruins, se elas não forem construtivas.

Mas também não precisa se acomodar ao ato de mentir. Pratique estar "por cima" das situações de maneira genuína. Conquistar as pessoas com os seus fortes, e não inventando qualidades. Um dia a máscara cai. E aí as pessoas vêem como você foi fraco.

E aos que se sentem profundamente ofendidos ao descobrirem que foram alvos de alguma mentira: você estava em situação de superioridade, por isso a pessoa mentiu pra você. É ruim descobrir que ouviu mentiras? É! Você acaba descobrindo que perdeu um tempão, ou muita paciência, que teve seu orgulho ferido e sua integridade comprometida... Mas lembre-se que estava no controle da situação. Não é legal sentir pena das pessoas, mas é o que um mentiroso merece.

Então, quando contar ou ouvir uma mentira, lembre-se da sua posição.


É, eu sei que foi um post estranho...
Até mais o/

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Overrated *versus* Underrated


Ultimamente andam me perguntando muito se eu estou solteira. E quando eu respondo que "sim" as pessoas se espantam. Eu sou egocêntrica pra caramba, mas deveria me espantar com isso também?

De acordo com essas pessoas (e eu devo concordar, diga-se de passagem -- já disse que sou egocêntrica, mesmo XD), eu sou uma moça bonita, inteligente e interessante. Não há motivos pra eu estar solteira, oras!

Okay, agreed... Obviamente, uma relação não se constrói de um lado só, mas esse post não é pra relatar a falta de pessoas interessantes no mundo, de acordo com os meus gostos. Muito pelo contrário, conheço muita gente interessante, bonita, inteligente. Esse post é pra relatar minha indignação quanto a essa necessidade que as pessoas vêem de não se estar solteiro.

Afinal, como a maioria dos relacionamentos acontecem hoje em dia? Hipoteticamente, uma situação genérica: pessoa conhece pessoa; pessoa se interessa por pessoa; pessoas ficam; e ficam; e ficam; e aí já ficaram tanto mesmo que decidem começar a namorar; depois de um tempo, uma das pessoas se desinteressa, porque tá faltando alguma coisa no relacionamento. O que é essa coisa?

Eu respondo pra vocês: Diálogo!

Tá faltando que haja mais coisas em comum entre as pessoas, e que elas tenham o que conversar quando não tiverem mais fôlego só pra ficarem se agarrando. Essa história de que "os opostos se atraem" é uma farsa. Quanto mais em comum tiver, e mais assuntos e interesses compartilhar, maior o vínculo que se pode construir.

Não tô dizendo que sexo não é importante! Muuuuito pelo contrário... Sexo é muito bom, e eu recomendo. Mas a falta de sexo, ou qualquer tipo de carência (carência emocional, de atenção, de carinho...), não pode ser o que estimula uma pessoa a partir pra uma relação.

Mas parece que é exatamente isso o que tá acontecendo... As pessoas não suportam mais ficarem sozinhas. E essa carência é a grande motivação pra procurar um relacionamento. Daí você encontra alguém que consegue suprir essa necessidade que você tá sentindo, e acha logo que tá apaixonado, porque essa pessoa te "completa".

Primeiro, você é um ser humano completo por si próprio; não precisa de ninguém pra te completar; é interessante que o outro possa te complementar e não te suprir. Segundo, essa história de "se não tem o mais o que falar, parte pro beijo" é outro grande erro; se não tem o que falar e fica aquele silêncio constrangedor, é porque tá faltando compatibilidade mesmo. Terceiro, esse negócio do silêncio... é bom compartilhar de momentos calmos e românticos com a pessoa que você gosta, é claro... ¬¬... mas esse silêncio não pode ser constrangedor.

Me chamam de exigente e seletiva demais por causa de tudo isso. Eu prefiro assim. Estar com alguém tem que ser melhor do que estar sozinha, e eu adoro estar sozinha. Namorar não pode ser só pra suprir sua necessidade de estar com alguém... Já parou pra pensar que assim você tá só usando a outra pessoa? E quando você não precisar mais, e aí?

Aliás, o que é um namoro mesmo? Parece até que é só ter um parceiro fixo pra descarregar a tensão sexual.

Pra mim, namoro é ter alguém com quem se possa compartilhar sua intimidade, alguém em quem se possa confiar, e com quem se possa dividir boas experiências; e que essa pessoa possa te apoiar e te criticar, dependendo da situação. E além disso tudo, que possa haver uma relação física também, porque com alguém que você goste de verdade é bem melhor.

Só queria que as pessoas entendessem que um relacionamento com outra pessoa tem que inspirar um crescimento interior, e que não seja algo fútil.

Acima de tudo, que o amor nasça da amizade verdadeira, porque assim ele não terá prazo de validade.

Foi um post meio errático, mas é assim mesmo que eu sou, e tava precisando desabafar...

Até mais o/

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Post + Picture = Unrelated



Por que diabos eu resolvi criar um blog?
Porque eu não tenho criatividade, sequer um pingo de eloquência, e muito menos tempo pra escrever.
Fez algum sentido? Não era pra fazer, mesmo.

Obviamente a descrição do blog é uma bela de uma mentira. Se eu tivesse preguiça mental, não teria paciência pra passar o tempo tentando encontrar palavras pra expressar minhas idéias sem nexo.
Quem tem preguiça mental não produz, não é mesmo?

Esse blog é, na verdade, uma mera tentativa de comunicar certos pensamentos meus. Se eles farão algum sentido, terão alguma utilidade, ou serão de alguma forma produtivos, não cabe a mim julgar. Meu objetivo aqui é simplesmente extravasar alguns sentimentos.

Sou uma pessoa observadora, por natureza. Mas descobri que isso não tem utilidade nenhuma.
É indignante descobrir que uma das suas características dominantes é absolutamente inútil.
Por que inútil? Porque eu sou antissocial, desligada do mundo. Essa característica tão importante pra auxiliar nas relações com as outras pessoas não está me ajudando em nada. Passo a impressão de ser fria e desentendida. E na verdade, essa frieza é o que me faz tão sensível. Entenda-se por frieza a minha "objetividade" (se isso ficar ambíguo, explicarei com mais detalhes em outro post).

Daí veio a idéia de fazer o blog.

Ando observando muitas pessoas que procuram se expressar e extravasar suas emoções através da internet. Tem um feedback legal, né?
Mas o que mais me impressiona é que mesmo quando não há originalidade alguma, essas pessoas conseguem chamar a atenção. Quando você se expressa, toma pra si o seu espaço; coloca-se em uma posição dominante. Por mais que não tenha muito conteúdo, quando demonstra o que sente, a pessoa se impõe. Era isso o que faltava em mim. Sempre observadora, com umas idéias legais, com uns papos interessantes. Mas ninguém sabia disso, porque eu não me expressava. Eu não tomava meu espaço.

E é o que vou fazer aqui! Aqui é meu espaço, no qual vou me expressar livremente.

Se você é também um observador, procure ser um observador ativo! Por menor que a sua idéia seja, quando você a divide com alguém, a probabilidade de ela crescer é bem maior. Na cabeça de outra pessoa, seus pensamentos tomam outros sentidos. E é importante que tomem. Tudo o que você pensa e sente te modifica de alguma forma, mesmo quando você guarda essas experiências para si mesmo. Mas quando você as divide com o mundo, é mais fácil que essas experiências modifiquem os outros, e assim, te afetam de maneira mais efetiva.

Por onde isso pode começar?
Primeiramente, aprenda a elogiar. Achou que um amigo se vestiu bem hoje, ou está com uma feição alegre, comente. Não guarde pra si o que é bom. Dividir, nesse aspecto, tem o poder de multiplicar.
Mais uma vez enfatizo: por mais insignificante que uma idéia possa parecer, quando você a divide com outros, ela toma novas dimensões.


Eu não tenho muitas novidades pra passar aqui. Simplesmente vou escrevendo o que senti em algum momento. Pra mim tem uma utilidade. Não sei se terá pra mais alguém. Aliás, eu tenho uma certa relação de amor/ódio com tudo o que é cliché. O cliché está presente de forma tão intrínseca em praticamente tudo o que eu gosto. Por mais que tentemos ser originais, alguém já tentou isso antes, então a ação por si mesma já se "desvaloriza". Então, me perdoem se aqui não tem nada de novo. Esse não é o meu objetivo. Cada um tem sua peculiaridade, mas somos todos parte de um todo, então é praticamente impossível ser 100% original.

O que vale é a intenção, né?